Um preso morreu no último sábado (23) devido a uma picada de escorpião. Pedro Henrique, 20, ficou com os pés inchados e precisou de ajuda para tomar banho e ir ao banheiro. Segundo o boletim de ocorrência, ele morreu por complicações por coagulação intravascular disseminada, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal e lúpus eritematoso sistêmico. Animais peçonhentos como os escorpiões estão cada vez mais presentes em meios urbanos. O clima úmido e quente é ideal para o surgimento destes animais, que se abrigam em esgotos e entulhos e se alimentam de baratas. Áreas com acúmulo de lixo podem atrair escorpiões.

A maioria dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. A picada causa os seguintes sintomas: Dor imediata Vermelhidão Inchaço leve por acúmulo de líquido Piloereção (pelos em pé) Sudorese (suor) Crianças abaixo de sete anos podem apresentar vômito e diarreia, que podem levar a casos graves e requerem aplicação de soro mais rapidamente. Limpar a picada com água e sabão pode ajudar, mas o mais importante é buscar ajuda em uma unidade de saúde.

A principal recomendação em caso de picada de escorpião é ir imediatamente a um hospital mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para que a espécie possa ser identificada e a equipe de atendimento possa avaliar a gravidade do acidente.

Nem todo caso de picada exige aplicação de soro, apenas um profissional de saúde pode avaliar o melhor tratamento. Antiveneno é indicado em casos moderados ou graves e pode ser encontrado apenas em hospitais de referência do SUS (Sistema Único de Saúde).

A maioria dos casos (87%) são leves e não necessitam de aplicação de soro, mas, em casos graves, a picada pode desencadear uma reação inflamatória sistêmica, que pode resultar em um edema pulmonar (acúmulo de líquido no pulmão), alterações no coração e dificuldade para respirar.

Pesquisadores descobriram que uma picada de escorpião pode levar a uma reação neuroimune sistêmica com produção de mediadores inflamatórios que levam à liberação de neurotransmissores. Em estudo, os cientistas apontam que é preciso inibir o processo neuroimune o quanto antes por meio de uso de corticoides e soro.